Estudantes organizaram manifestação contra a redução da maioridade penal, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, após manobra do presidente da casa Eduardo Cunha (PMDB), que colocou texto novamente em votação, menos de 24 horas depois de ser rejeitado. No texto aprovado foram retirados os crimes de tráfico de drogas e roubo qualificado. A manifestação iniciada no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo) foi até a Praça Roosevelt, no centro da cidade, interditando as avenidas Paulista e Consolação, na terça-feira (07/07). Segundo organizadores, cerca de 8000 pessoas participaram da manifestação.
Além de se posicionar contra redução da maioridade penal de 18 para 16 anos no Brasil, o ato contou com faixas, cartazes e palavras de ordem contra os cortes do Governo Federal na educação. Segundo nota publicada no Facebook, na página convocatória para protesto em Brasília, "é patente que após manifestações populares intensas no país, com ampla participação da juventude, escolha-se como estratégia repressão desse segmento, ao invés do investimento em educação, que potencializa sua consciência crítica e participação política."
O sociólogo Nivaldo Correia da Silva colocou algumas questões para entender quem será criminalizado com está redução. As perguntas são simples. São as seguinte: "Qual é a perspectiva de um jovem pobre, morador do Grajaú, estudante do ensino médio da escola pública sobre seu futuro? Ele foi alfabetizado? Foi letrado? Tem condições de disputar em igualdade de condições com outro jovem estudante de colégio particular? Teve aula de inglês, filosofia, informática e as novas tecnologias da informação?
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| Manifestantes se posicionam contra cortes de verdas na educação |
O sociólogo Nivaldo Correia da Silva colocou algumas questões para entender quem será criminalizado com está redução. As perguntas são simples. São as seguinte: "Qual é a perspectiva de um jovem pobre, morador do Grajaú, estudante do ensino médio da escola pública sobre seu futuro? Ele foi alfabetizado? Foi letrado? Tem condições de disputar em igualdade de condições com outro jovem estudante de colégio particular? Teve aula de inglês, filosofia, informática e as novas tecnologias da informação?
O movimento Todos Pela Educação (TPE) responde claramente essas questões. Segundo relatório do TPE, cerca de 2,8 milhões de crianças e adolescentes estão fora da educação básica no Brasil. Além dos fatos divulgados aqui no blog, na postagem sobre a aprovação da redução no CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que aponta as precariedades no país na segurança pública.
Ainda na manifestação, estudantes promenteram não parar os atos enquanto não for derrotado o projeto que prevê a redução da maioridade penal. Outro evento já foi criado no Facebook convocando crianças, adolescentes e adultos para "Grande ato contra a redução da idade penal e contra a postura anti democrática", na segunda-feira (13/07), às 13h, no Vale do Anhanganaú, região central de São Paulo. Segundo a Frente Nacional Contra a Redução da Maioridade Penal, coletivo organizador do ato, os manifestantes vão caminhar pelo Vale do Anhangabaú, Rua Doutor Falcão Filho, Rua Libero Badaró, Praça do Patriarca, Rua Direita, Rua XV de Novembro, finalizando Praça da Sé.
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| Manifestação finaliza com falas de estudantes em frente a Praça Roosevelt |
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