Alunos da Escola Estadual Pereira Barreto, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo, foram impedidos pela polícia de ocupar a escola, na manhã de sexta-feira (04/12). O colégio não permite a entrada de estudantes desde quarta-feira (02/12). A medida foi tomada como precaução "para evitar que os estudantes invadam a escola", conforme disse um dos professores que impediam a entrada dos alunos na sexta-feira.
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| Alunos conseguem entrar na E.E. Pereira Barreto após serem barrados pela direção (Foto: Estudante/Não identificado) |
Com os portões fechados, teve tumulto durante os horários de entrada dos alunos (7h e 13h). Embora sem permissão para entrar, os estudantes precisavam ir até a escola para levar os trabalhos que haviam sido pedidos pelos professores para entregar durante as aulas. "Eu ia te mostrar isso na sala, porque preciso tirar algumas dúvidas. Agora, vou ter que ficar sem nota", reclamou um estudante que não entregou a atividade, pois pretendia terminar com o auxílio do professor em sala. As provas e atividades que haviam sido programadas para fazer em classe, foram canceladas, e a diretora declarou que os alunos já estão de férias.
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| Foto 1 - Entrada da diretoria da E.E. Pereira Barreto (Foto: Google Maps) Foto 2 - Entrada principal da E.E. Pereira Barreto (Foto: Google Maps) Foto 3 - Professor recebe trabalhos no portão da E.E. Pereira Barreto (Foto: Kaique Dalapola) |
Depois do alvoroço às 7h da manhã, alguns estudantes começaram a conversar sobre a reorganização escolar, junto com alunos de outra escola da região, a E.E. Anhanguera, ocupada em 26 de novembro. Após a conversa, alguns estudantes decidiram também ocupar a E.E. Pereira Barreto, como forma de protesto contra o projeto de reorganização. No entanto, diretores e professores da instituição já estavam preparados para esse tipo de ação dos alunos, então conseguiram, inicialmente, bloquear a ocupação trancando os portões da escola.
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| Alunos de duas escolas da Lapa registram chegada da polícia na E.E. Pereira Barreto (Foto: Estudante/Não Identificado) |
Por volta das 7h10, algumas viaturas da Polícia Militar chegaram no local. Com a presença da PM, dezenas de alunos foram embora. Cerca de 20 jovens, estudantes das escolas Pereira Barreto e Anhanguera permaneceram no local, e por volta das 7h30 ocuparam a escola. Conforme explicou Lucas, 16 anos, estudante do 2º ano do Ensino Médio da E.E. Anhanguera, quando os alunos da Pereira Barreto entraram na escola, os policiais agiram com violência para impedir o acesso dos estudantes, inclusive, machucou o braço de um adolescente com um golpe de cassetete. Mesmo com a ação da PM, sete alunos conseguiram ocupar o colégio até o início da tarde.
Enquanto os sete estudantes estavam ocupando o prédio escolar, a diretora trancou todos os banheiros e ligou para os responsáveis pelos adolescentes que estavam dentro da escola, pedindo para retirá-los do local. Aos poucos, os pais foram chegando e, com medo que os alunos sofressem algum tipo de punição por parte da diretoria da escola, os pais convenceram seis, dos sete, a saírem do colégio. Apenas um resistiu e, depois de alguns minutos, outros quatro estudantes pularem o muro da escola em apoio ao que estava ocupando, e para resistir contra a reorganização escolar.
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| Ao longo do dia, viaturas da PM foram chegando à escola Pereira Barreto (Foto: Estudante/Não Identificado) |
Os cinco alunos conseguiram permanecer no interior da escola até pouco mais das 12h, quando a Polícia Militar partiu para ação repressiva, tirando os jovens com uso da força e spray de pimenta. Os alunos foram levados à delegacia e horas depois, quando os pais chegaram, liberados.
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